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Caule
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Seu caule (estipe) é reto, cilíndrico, monopodial, solitário ou seja não há brotações laterais que configuerem uma touceira, liso, acinzentado. Altura média da palmeira em torno de 20 m, o diâmetro entre 8 e 30 cm (CARVALHO 1993). No ápice, no local de inserção das folhas, há uma seção lisa de 1,0-1,5 m de cor verde-oliva a verde-escuro, mais grossa que o estipe, formada pela bainha das folhas. Dentro desta seção encontra-se a parte comestível da palmeira, o palmito.
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Caule de uma planta de E. edulis com cerca de 40 anos de idade
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Madeira
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Assim como as demais monocotiledôneas, as palmeiras não têm um câmbio vascular (camada de tecido meristemático entre lenho e líber que produz células novas), o que impossibilita um crescimento secundário típico. Desta forma, o crescimento em espessura é baseado meramente na expansão das células já existentes. No sentido estrito, palmeiras não têm madeira, se com isso o câmbio vascular dos gimnospérmicas e dicotiledôneas é designado. Nas suas características tecnológicas e lignificação de estruturas de células, o tecido das palmeiras é comparável com a madeira e, por conseguinte, ser descrito assim (GROSSER 1977). Em contraste com a madeira de coníferas e caducifólias, a região interior de caule das palmeiras é sempre mais brilhante do que o seu exterior. Esta diferença é causada por grupos de células escurecidas, visíveis principalmente na seção transversal, que constituem os feixes vasculares. Tais feixes estão imersos num tecido claro de paredes finas (parênquima) e conferem ao caule uma grande rigidez e estabilidade. Devido ao crescimento colunar do tronco a madeira da palmeira não é homogênea, mas seb o ponto de vista estático mais sólido por fora e mais macio por dentro.
Como muitas palmeiras E. edulis é elástica, porque o seu principal sistema vascular não está localizado na parte exterior do tronco. Por isso o tronco é também protegido contra incêndios.
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Estrutura anatômica da madeira da palmeira:
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Macroscopicamente
(ou seja, a olho nu ou pelo menos visível com ampliação)
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Ampliação macroscópica de feixes vasculares. Esquerda: feixes vasculares grandes na área exterior do caule, com elevada proporção de células fibrosas, de cor marrom-escuro e com parede espessa, assim como um ou dois metaxilema. Direita: feixes vasculares pequenos da zona interior do tronco, em número reduzido, e embutidos no brilhante tecido parenquimático
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Na secção transversal de um caule da palmeira os feixes vasculares podem ser reconhecidos como numerosos pontos pretos dispersos. O seu número diminui drásticamente pelo centro do tronco. Além disso, a parênquima mais brilhante, fora da casca estreita, com poucos milímetros de espessura, pode ser diferenciado.
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